sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vestir a camisola

e alimentar esta ideia!



Este, é fim-de-semana de recolha do Banco Alimentar Contra a Fome.

*abóbora* junta-se a natsoph crew a distribuir sorrisos e sacos vazios em troca de carinho e toneladas de alimentos, no Lidl de Loures.

:)

Amanha é dia de


ir experimentar vestidos de noiva da minha afilhada #3!

Noiva e madrinhas na histeria habitual e adequada à situação.
(qualquer dia tenho cartão de cliente!)
*

*abóbora* recomenda


Muito muito muito giro!


*

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mae e filhas

as três airosas, foram passar o fim-de-semana, principescamente instaladas aqui:

com direito a tratamentos destes:


e encher a barriga disto:


saudades, mimos, gargalhadas e cumplicidades repostas em dia!

5 estrelas! do pincipio ao fim!
*

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

não, eu nao moro na Expo


mas aparentemente o meu carro também nao está bem à porta de casa, no estacionamento próprio para viaturas de 4 rodas e delimitado por riscas brancas e sinal P de Parqueamento.
Não. O meu carro nao pode estar à porta de minha casa porque pode o Obama, a Sra Clinton ou qualquer outra individualidade importante querer passar por ali e talvez se choquem se virem carros na rua!

Assim eles ficam a pensar que somos um país mesmo mesmo tão evoluido que nem há carros. nada! somos um povo muito à frente.

estou portanto, desde manha, a treinar tecnicas de o desmontar e pôr no bolso.
Está quase! Só nao sei o que fazer à buzina...
*

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

S-O-F-I-A bébé

No dia 14.11.2010 (precisamente 3 anos e 7 meses depois da festa dos pais) com 2,7kg e um palmo de doçura, a Sofia princesa veio ao mundo conhecer a *tia-abóbora*.

Não há palavras para descrever o que sente perante um amor tao pequenino e gigante. Tudo é perfeição!
A minha querida-amiga-socia-afilhada-e-a-sua-cara-metade deram ao mundo uma menina linda e perfeita. À *tia abóbora* ofereceram um ataque cardiaco por cada vez que vê aquele queixinho tremelicar!

Sofia, meu amor, sei que vamos ser grandes amigas!
Vou-te encher de laços coloridos e camisolas às riscas, sapatos com flores na sola e collants rosa flourescente :)
Vou-te mostrar os peixinhos do meu rio azul, vamos comprar muitas flores como faziamos quando ainda estavas em formato matrioska, vamos correr feiras e velharias (o teu pai vai adorar....) e vais ficar grande e bonitona e a *tia abóbora* inventar desculpas para darmos aos teus pais para saires à noite sem stress! Vais ver! Vais enjoar as cores da casa da *tia abóbora* e vais chegar a dizer que as minhas festas de anos sao mais infantis que as tuas! Vais ser uma sportinguista, desconfio :)
Vai ser uma paródia, tu prepara-te!
Estava mesmo á tua espera, minha pequenrrucha!

*

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lisboa está mais sózinha

sem ninguém para lhe fazer adeus, na rotunda do saldanha.
Morreu o Sr. Joao, o Senhor do Adeus, aos 80 anos e com uma colecção infindável de cumprimentos que distribuia por quem passava e levava para casa todas as noites, numa tentativa de combater a sua própria solidão...
Fazia parte da paisagem do Saldanha. fazia parte da rotina passar por ali e ser presenteada por um adeus e um sorriso. Agora acabou.
Lisboa ficou sem o Sr. Joao do Adeus.

Para quem não o conhece, é imperativo passar no Saldanha por volta das 23h e desfrutar de um momento que já faz parte da “nossa” cidade! Como é possível um simples gesto proporcionar um momento, apesar de um pouco “estranho”, agradável para quem passa... afinal se não fossem estas “pequenas” diferenças, a vida seria sempre igual... O homem que diz adeus.

É ele o homem que noite após noite acena aos carros que passam na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa. É por ele que tocam as buzinas, que se atiram beijos e sorrisos, que se gritam «boas noites!» e «adeus!», numa «onda de comunicação» que já dura há três anos e que nem se sabe explicar muito bem como começou. Numa cidade de estranhos em mundos fechados este é o seu «milagre». E é também o seu remédio. Há quem lhe chame o «senhor do adeus». Mas «senhor» é coisa que detesta que lhe chamem.

Aos 72 anos, João Manuel Serra tem a inocência de uma criança, o espírito de um jovem, mas o olhar nostálgico de um ancião que sente «ter aprendido com a vida tarde demais». A sua roupa clássica e a ondulação do cabelo grisalho disfarçada com gel, dão-lhe um ar meio aristocrático, que já faz
parte da paisagem do Saldanha. Todos o conhecem e quem trabalha nas redondezas sabe o seu percurso de cor.
«Chega por volta das onze, meia-noite... Começa pela zona do Monumental, vai descendo a rua até ao Marquês e depois sobe, parando sempre em pontos estratégicos. Nunca falha.». Arménio é chefe de mesa na marisqueira Maracanã e já lhe serviu alguns jantares. «É muito simpático. Quando passa aqui, acenamos-lhe pela janela. Só não sei: porque é que faz isto?».
João começa por dizer que não sabe bem, mas, a pouco e pouco, interrompendo sempre para acenar, vai desvendando o mistério. Tudo
começou há três anos e meio, depois da morte da mãe, com quem vivia. Precisava de se distrair, incomodava-o a ideia de estar sozinho em casa. Um dia, aconteceu. Já reparara que as pessoas o cumprimentavam sem razão, nos centros comerciais e, sem saber como nem porquê, surgiu o primeiro aceno na estrada. Depois veio outro e outro, e o caso virou fenómeno.

«No início era só rapaziada nova, mas depois contagiei todo o tipo de gente», explica sem esconder um certo orgulho.
Graças ao seu «milagre», já deu entrevistas para a televisão e para os jornais, apareceu em dois filmes e até num teledisco. «Sempre quis ser actor mas nunca me deixaram...». Ou nunca teve coragem de tentar.

Algumas dezenas de acenos mais tarde, já não é um João risonho e despreocupado, «com imensos amigos» com quem vai «ao teatro e ao cinema», que fala por detrás dos óculos de massa negra. Nos olhos cinzentos, estão duas lágrimas contidas. Pelo passado, pelo presente e por um futuro que não chega. Com um raciocínio de fazer inveja aos mais novos, o louco, o excêntrico, transforma-se lentamente num avô contador de histórias, que lê Agatha Christie para combater o medo ao andar de avião, que não tem telemóvel porque detesta máquinas e que não vê televisão.

João nasceu no seio de uma família nuito rica. Até aos dez anos, viveu num enorme palacete da Tomás Ribeiro, cobiçado mesmo pelo próprio Gulbenkian. «Que saudades tenho desse tempo... A casa estava sempre cheia de família e amigos...».

Mimado desde bebé, fez a instrução primária toda em casa, com um professor particular, pois no primeiro dia de aulas no Colégio Parisiense chorou tanto que os pais não tiveram coragem de o mandar de volta. «Fui criado numa redoma de vidro», confessa, explicando: «Naquela época era tudo muito diferente, havia muitos tabus.». Depois do divórcio dos seus progenitores, quando tinha 13 anos, João foi morar para o Restelo com o pai. Por ele, inscreveu-se em Direito, mas depressa desistiu, «era muito chato».

Depois de uma igualmente curta passagem pelo curso de Histórico-Filosóficas, o pai, «que não sabia que fazer» com ele, mandou-o para Londres com o irmão. «Foram três anos fantásticos.
Tinha um grupo de amigos fabuloso, com quem viajei imenso. Teria lá ficado, se não fosse tão agarrado à família...». Sem quase pôr os pés nas aulas, regressou a Portugal e, depois da morte do pai, pouco tempo depois, foi morar com a mãe, de quem não se separou até ao último dia da sua vida. «Viajámos muito os dois. Todos os anos íamos a Paris e Madrid. Conheço a Europa inteira, excepto a Grécia...».

E o olhar perde-se num momento só dele, como se pensasse alto. Quando a mãe morreu, «ficou desasado». E talvez por isso esteja todas as noites a «comunicar».

Admite que o que faz «não é muito normal», mas não passa sem isso. É o remédio que lhe permite disfarçar a solidão que o consome e o faz olhar para o passado com arrependimento, por não ter ousado viver a sua vida em vez da dos outros.

«Ás vezes penso que foi tudo inútil...»
No baú dos sonhos perdidos, jaz o curso que não tirou, o trabalho que nunca fez, os filhos que não teve e, pior, o grande amor que nunca conheceu. «Sinto-me só. Incompleto. Como se algo estivesse a falhar.».

E assim lacrimeja quando vê um casal idoso de mãos dadas, ou quando dois rapazes, que diz «reconhecer do subconsciente», param o jipe para tirar uma fotografia com ele.

«Encontramo-nos no céu», repete, aludindo ao que um diplomata ucraniano lhe disse uma vez.


O homem do lixo atira-lhe o derradeiro aceno da noite.


(in "Diário de Noticias" - "Histórias com gente lá dentro"- Lisboa 2003)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

coincidências

sem qualquer espécie de combinação, sem qualquer semelhança nos gostos, nos estados e no tamanho das barrigas, no outro dia viemos as duas assim:
parecia farda, uma em formato matrioska, outra em formato gorda-a-encolher-a-barriga!
*

casas divertidas

têm chaves cómicas!

:)

04.11.2010 - 9

*infinitos para sempre!*


(para não esquecer: e também 9 meses depois nasceu hoje o bébé do xico!)
*